Patologias do Ombro

Dor no ombro é a terceira queixa mais comum entre os problemas que envolvem o aparelho locomotor. Pode ser de moderada a incapacitante, posto que o ombro é uma articulação que permite movimentação ampla e que tem sua utilização indispensável tanto para atividades cotidianas, quanto de trabalho ou esportivas. As dores podem acontecer após um acidente ou sem que tenha ocorrido traumatismo local.

Dores não-traumáticas

Síndrome do impacto, bursite subacromial e tendinopatia do manguito rotador

As dores no ombro que ocorrem sem que tenha havido contusão local costumam apresentar, como causas mais frequentes, a síndrome do impacto subacromial e a tendinopatia do manguito rotador. A síndrome do impacto provoca dor que piora com a elevação do braço e é uma situação em que o desequilíbrio do funcionamento das musculaturas tem papel fundamental.

A bursite subacromial, ou bursite do ombro, pode estar associada à sindrome do impacto e corresponde ao processo inflamatório da bursa. Uma bolsa com líquido lubrificante, cuja função é diminuir o atrito entre os tendões do manguito rotador e as estruturas ósseas vizinhas.

Manguito rotador é um conjunto de tendões que participam da movimentação do ombro. Esses tendões podem sofrer lesão em razão do impacto ou de degeneração que ocorre com o envelhecimento, entre outras causas.

Artrose

Considerando que o ombro é uma articulação complexa, algumas disfunções também podem gerar dor. A artrose é um processo de desgaste, que pode ocorrer na articulação acrômioclavicular ou na articulação glenoumeral, gerando dor crônica e incapacidade de movimentação no longo prazo.

Síndromes compressivas

Outra possível causa de desconforto ao ombro, sem que o mesmo tenha sido machucado, são as síndromes compressivas da inervação. Os nervos do membro superior podem ser comprimidos em alguns locais por onde passam, o que pode gerar dor, alterações de sensibilidade (formigamento, por exemplo) e atrofias musculares.

Trauma ao ombro

Fraturas e luxações

A articulação do ombro está sujeita a situações de contusão em quedas, acidentes automobilísticos, atividades esportivas, entre outros. Sendo assim, existe a chance de ocorrerem fraturas dos três ossos que a compõem (clavícula, escápula e úmero) bem como deslocamentos articulares (também chamadas “luxações”). As fraturas e as deformidades decorrentes do trauma dependem, entre outros fatores, da energia do trauma ou da “força da pancada”. Demandam, a depender da situação, tratamento conservador ou cirúrgico, de modo a diminuir as disfunções e dificuldades com que o paciente possa evoluir.

A luxação glenoumeral, dito deslocamento da articulação do ombro propriamente dita, gera dor intensa, deformidade e incapacidade de movimentação. Além disso, pode gerar lesões ligamentares que frequentemente tornam a articulação cronicamente instável. Promovendo, dessa forma, deslocamentos recorrentes, que podem passar a ocorrer durante movimentações mais amplas da articulação, ou mesmo em atividades corriqueiras como fechar a porta do carro ou vestir-se.

A luxação acromioclavicular é o deslocamento de uma articulação existente entre a porção lateral da clavícula e a escápula. Costuma ocorrer em situações de contusão lateral ao ombro e pode gerar deformidade visível, rouxidão na pele e dor local.

Rupturas do manguito rotador

Além das lesões ósseas ou ligamentares, os traumatismos podem gerar lesões tendíneas. Os tendões do manguito rotador, assim como nas lesões degenerativas, porem estar sujeitos a ruptura decorrente de um traumatismo local.